RECLUSOS MORREM NA COMARCA DO CUANDO CUBANGO.

                                     

 Há vários reclusos doentes sem assistência medicamentosa. O Senhor Bernardo Ndala, de 38 anos de idade, detidos a 7 meses, os estados de saúde dele é preocupante. Este senhor, em cada segundo vai defecando, o mesmo não lhe dão assistência medicamentosa e nem é levado para um hospital. Simplesmente foi colocado na cela 4, onde todos os doentes graves são colocados até que morram. O estabelecimento prisional do Cuando Cubango, não tem viaturas para evacuar os reclusos gravemente doentes, causando a morte de vários reclusos. Segundo, alguns que nos contactaram, 2016 foi o ano em que morreram muitos reclusos. Havia uma media de 3 a 5 mortes por semana, sob olhar atento da Direcção daquele estabelecimento prisional. Por exemplo, o Senhor Moises Kassela, mais conhecido por Kalai, de 27 anos de idade, chegou a perder a vida, tudo porque lhe foi negado a assistência medica e medicamentosa. Este é apenas um dos vários casos. Há reclusos com várias patologias, tal como muita dor de cabeça, dor de barriga, dor de estômago, infecção urinária e outras patologias, todos sem assistência medicamento. O posto médico, não tem equipamentos e quando reclusos queixam-se, vão ao posto e não fazem nenhuma análise, simplesmente fazem algumas perguntas sobre o que sentes e passam uma receita, que serve apenas para ficar no bolso, pois os reclusos são mesmo reclusos e não têm como comprar os tais medicamentos. Segundo, um dos enfermeiros do mesmo posto, garantiu-nos que já estão a 4 meses sem verem os medicamentos destinados para o Posto médico da Comarca. Há rumores de que os mesmo são desviados para uma farmácia privada, de altas patentes do Comando Provincial da Polícia Nacional no Cuando Cubango. Por tanto, isso é só um pouco sobre o que se passa ali.
Sempre que morre um recluso, os Serviços Prisionais, realizam funerais sem o consentimento das Famílias.

As condições da Comarca são precárias. Das várias celas que aquele estabelecimento prisional tem, apenas 4 têm casas de banhos com condições mínimas. As restantes estão entupidas a quase 1 ano. A água que se usa, é retirada directamente do Rio Cuebe, através de uma electrobomba, e há vezes que a mesma água vem com muito lixo. As celas estão super-lotadas. Celas para 14 reclusos, tem mais de 28. Celas de 24 reclusos, tem mais de 50.

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